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Catedral da Luz

Catedral da Luz

15-0

23.08.13, Lourenço Cordeiro

Ganhar ao Gil Vicente em casa não chega para que a confiança seja reposta. É preciso ganhar por muitos e jogar para ganhar por muitos. É preciso que volte o Jorge Jesus que berrava na linha lateral para o Di Maria, aos 83 minutos, com 5-0 no marcador. E é importantíssimo não sofrer golos. Só uma goleada ao Gil Vicente e uma vitória em Alvalade poderão corrigir a falsa partida que o Benfica fez no campeonato.

Fim?

19.08.13, Bruno Vieira Amaral

Depois do jogo com o Guimarães, o último que fizemos na época passada, escrevi isto. Jesus só podia ter continuado se houvesse uma revolução total no plantel, com a saída de todos os jogadores fulcrais do ano passado. Como é óbvio, essa solução seria um disparate. Eu sei que Luís Filipe Vieira tinha dado a palavra a Jesus, mas como alguém disse num filme, "it's not your word that counts, it's who you give it to", e depois das três famigeradas derrotas que nos tiraram três títulos, Jesus já não era o mesmo homem a quem o presidente dera a palavra, era um homem derrotado perante os adeptos, os jogadores e - o pior para um homem como Jesus - perante si mesmo. Foi este o sentido das suas palavras após a derrota com o Chelsea, quando disse que talvez tivesse de repensar muita coisa. Jesus abriu o flanco e Vieira, se os doze anos que está à frente do Benfica lhe tivessem ensinado alguma coisa sobre gerir um grupo e liderar homens, teria aproveitado a oportunidade. Não aproveitou, agarrado à velha história do despedimento de Fernando Santos. Vieira ainda não percebeu que o erro não foi ter mandado Fernando Santos embora (para mim, o erro foi tê-lo contratado, mas pronto) mas tê-lo mandado embora após a primeira jornada quando nem sequer devia ter deixado que o treinador começasse a época. São estes equívocos que Vieira ainda não sabe ultrapassar que estão na génese das derrotas do Benfica. A conclusão é simples: por muito que Vieira tenha sido importante na recuperação do Benfica, quando Jesus cair, ele também terá de cair.

«Funes Mori»

19.08.13, Lourenço Cordeiro

Jorge Jesus é um homem orgulhoso e receoso. O problema é que o receio tem razão de ser e o orgulho não. Fortemente criticado no final da época passada (que, na sua cabeça, traduziu-se em fracasso apenas devido ao «azar»), Jesus parece empenhado em confrontar directamente os seus críticos não mudando nada. O seu objectivo é levar o Benfica ao sucesso mas admitindo apenas um caminho: o seu. Quer ganhar, mas quer sobretudo que lhe dêem razão. É este o seu orgulho, e é devido a ele que a sua passagem pelo Benfica irá terminar com uma saída pela porta pequena. Jesus não tem a flexibilidade mental necessária para se manter num clube por muitos anos, à boa maneira inglesa. É um homem convencido de que é na «táctica» e na «estratégia» que reside o segredo de uma equipa de futebol de sucesso, que é um equívoco enorme. Sem a adesão incondicional do balneário não há quatro um três dois que resista, e o balneário do Benfica há muito que deixou de estar com Jesus. Entrentanto, parece que vem aí um «Funes Mori». 

É assim há quatro anos...

18.08.13, Filipe Boto Machado

O Benfica sofre golo, jogo sim jogo sim. É assim há quatro anos. O Benfica defende mal o segundo poste nas bolas paradas. Que o digam Samaras, Ivanovic e muitos outros. É assim há quatro anos. O Benfica não sabe sair a jogar quando é pressionado. O Porto explorou este facto inúmeras vezes. O Benfica ganha 10/15 cantos por jogo, mas bate-os à maneira curta, preferindo colocar a bola na área através de lançamentos laterais. É assim há quatro anos. O Benfica não sabe controlar um jogo, apenas sabe atacar loucamente ou defender desesperadamente. É assim há quatro anos. Quando se encontra em desvantagem o catedrático joga em 3-1-6, sem ordem ou lógica. É assim há quatro anos. O Benfica não ganha na primeira jornada. É assim há quatro anos. Pizzi é emprestado, Ola John e Sulejmani ficam no banco, Urreta corre à volta do centro de estágio e Enzo volta a jogar na ala um ano depois da sua última aparição nesse lugar. Invenções do catedrático. É assim há quatro anos. O Benfica faz apostas incompreensíveis. Roberto por 8,5M€, Emerson em vez de Capdevilla, César Peixoto até à exaustão, ataca uma época com uma adaptação, Melgarejo, a lateral esquerdo, Roderick como opção do Benfica que não servia para o Deportivo, Cortez como defesa esquerdo, etc. É assim há quatro anos.

O Benfica perdeu justamente hoje. Quem joga como o Benfica jogou não merece melhor. Quem desperdiça cantos atrás de cantos, inventa posições para os jogadores e joga com Cortez a lateral esquerdo habilita-se a perder jogos. De resto, também não jogámos nada. No ano passado inventou com Melgarejo e perdeu dois pontos na primeira jornada fente ao Braga. Este ano decidiu inventar com Cortez e lá se foi um ponto. Estou farto de ver este tipo estragar tudo. Que mal fez o Benfica para ter de pagar 4M€/ano a um treinador destes durante 4 anos, já vai no 5º ano e podem ser 6? LVF já fez muitas coisas boas e fez algumas más. A pior de todas foi a renovação deste tipo no final da última época...

Funes Mori

13.08.13, Filipe Boto Machado

Funes Mori, parece que é este o substituto de Oscar Cardozo no plantel do Benfica. Para quem não sabe, Funes Mori foi o vencedor de um reality show de futebol nos EUA cujo prémio era a entrada para um clube da MLS. Foi desta forma que iniciou a sua carreira no Dallas.F.C. Segui-se o River Plate e algumas internacionalizações pelos sub-20 argentinos. Agora, segue-se o Benfica.

As primeiras notícias de interesse do Benfica em Funes Mori datam de Dezembro 2010. Nesta altura falava-se que Funes Mori viria para o Benfica numa parceria com um fundo de jogadores a cargo de Kia Jarobochian. Não veio, segundo as notícias da época, porque o River Plate não aceitou nenhuma das propostas feitas pelo Benfica/Kia Jarobochian. No entanto, o Benfica não terá perdido a oportunidade de contar com ele a troco de Rodrigo Mora e cerca de 2M€.

Funes Mori, 23 anos, tem 22 golos em 101 jogos pelo River Plate. Uma análise fria e objectiva destes números não me deixa muito entusiasmado. Funes Mori tem uma média de 0,22 golos/jogo, isto é precisa de quase 5 jogos para fazer 1 golo! O argentino admite que não foi feliz nos Milionários. Segundo ele, "faltou-lhe serenidade na hora da definição", pois a "exigência é muito grande no River Plate". Estará Funes Mori à espera de menos pressão no Benfica? Não sei se lhe disseram, mas, por razões que a razão desconhece, grandes goleadores já foram assobiados pelo exigente público a Luz. Um avançado que não marque golos não terá melhor sorte. Esperemos que, contra todas as expectativas, os nossos olheiros e JJ tenham razão e seja na Luz que Funes Mori encontre o caminho das balizas.


Benfica TV: jogos à tarde, sff

13.08.13, Henrique Raposo

Cara Benfica TV, venho por este meio comunicar uma ânsia partilhada por milhões de benfiquistas. Sim, sou uma espécie de oráculo da nação . E a gloriosa nação está a dizer o seguinte: sem a pressão noctívaga da Sport-TV, a nossa equipa pode voltar a um horário decente. A bola é à tarde, não à noite. O futebol é um jogo de família, é um ritual para pais, filhos, netos e avós. Ora, como se perceberá facilmente, essa partilha familiar só é possível à tarde. Imagine, minha cara amiga, que há um jogo ao domingo que termina às onze da noite. Eu nunca levarei a minha filha para um jogo com esse horário de boate, até porque ela terá escola no dia seguinte. O horário do Benfica, o clube do povo e não sei quê, não pode continuar a ser o horário nocturno que mata a magia do futebol às três da tarde.

O nosso grito do Ipiranga televisivo, caríssima Benfas-TV, só faz sentido se a equipa regressar à mística dos jogos à tarde. Sim, a mística não é só uma coisa de balneário , também pertence ao terceiro anel. E, na pobre cabeça de milhões de benfiquistas, o terceiro anel é sinónimo de três da tarde. Eu, por exemplo, só consigo associar os jogos do campeonato à tarde de sábado ou domingo. Perguntam-me várias vezes "ó doente, porque é que não vais mais vezes à bola?". De facto, é um pulinho de metro. A razão é simples: ir à bola só funciona à tarde. Um sujeito manja o almoço de sábado ou domingo e zarpa com a família para o estádio. É um ritual. Foi assim que aprendi com o meu pai. Como quase todos os benfiquistas, entrei pela primeira vez no velho Estádio da Luz num domingo à tarde. Foi o Benfica-Farense da época 90/91. Ainda me lembro do onze-base: Neno ou Silvino, Veloso, Ricardo, William, Schwarz, Paulo Sousa, Paneira, Valdo, Thern, Pacheco e Águas ou Magnusson. 

Eu respeito os benfiquistas que vão à bola às 21h de um sábado ou domingo. Mas eu não consigo, porque esse horário coloca a família e o Benfica em colisão e, como já expliquei, o Benfica só faz sentido em família. É assim tão difícil compreender isto? Quando decidimos ver o jogo em casa, a hora é indiferente, vemos à tarde ou à noite. Até podia ser de manhã. Mas, se a vontade é ir ao estádio, a hora do jogo não é indiferente. Caríssima Fox da gloriosa nação, escute com atenção este oráculo amigo: a nossa independência televisiva só faz sentido se devolvermos o futebol às três da tarde.   

Negócios estranhos...

12.08.13, Filipe Boto Machado

Não dá para ficar indiferente. É impossível não ficar preocupado. O Benfica, nos últimos anos, tem sido responsável por negócios muito estranhos e que nos devem preocupar.

Comecemos por Roberto. Terceiro guarda-redes do Atlético Madrid, emprestado ao Saragoça, contratado pelo Benfica por 8,5M€ em 2010/11. Vários frangos depois, transformado no terceiro guarda-redes do Benfica, atrás de Artur e Eduardo, Roberto é vendido por 8,6M€ ao Saragoça, entretanto falido. Dois anos depois Roberto é novamente vendido pelo Benfica ao Atlético Madrid por 6M€. Nada de estranho?

Ainda no mesmo defeso da contratação de Roberto, Di María foi vendido por 25M€, mais objectivos, mas em troca recebemos Rodrigo e Alípio, segundo os jornais desportivos por 6M€ e 5M€ respectivamente. Rodrigo vale os 6M€ investidos, mas os 5M€ gastos em Alípio tiveram que objectivo? Porque recebemos este brinde? Para empolar os valores recebidos por Di María? Com que objectivo?

Este ano contratámos Pizzi por 6M€ por 50% do passe ao Atlético Madrid, espécie de troca pelos 100% do passe do Roberto. Nem chegou a ser apresentado no Estádio da Luz. Foi logo emprestado ao Espanyol. Depois foi Luis Fariña, médio contratado pelo Benfica, em parceria com a Gestifute, segundo os jornais por valores entre 2,5M€ e 3M€. Seguiu o mesmo caminho de Pizzi, foi emprestado, mas neste caso foi para Baniyas, clube do Dubai, onde não esperamos certamente valorizá-lo ou torná-lo mais preparado para o nosso campeonato. Uma e outra contratação tiveram que objectivo?

Pelo meio, contratámos vários jogadores que (quase) nunca vestiram o manto sagrado, tais como Mora, Michel, Nuno Coelho, Djaniny, Djaló ou Carole, que apenas passaram pelo Benfica para treinar à parte ou serem sucessivamente emprestados até às respectivas rescisões de contrato.  Mora foi agora trocado por Funes Mori (e parece que ainda pagámos mais uns milhões). Michel chegou, seguiu para Braga, foi devolvido, ficou meio ano a engordar e agora foi emprestado a um clube do Médio Oriente. Nuno Coelho foi emprestado, na primeira época, ao Beira-Mar, e na segunda, ao Aris. Nunca fez um jogo oficial e nos particulares jogou quase sempre como central. Nunca contou para Jorge Jesus. Djaniny, que nem um particular fez pelo Benfica, pouco jogou na temporada passada no Olhanense e esta temporada foi para o Nacional, clube amigo do Porto. Djaló espera nova colocação depois de uma época emprestado ao Toulouse. Tendo em conta o número de extremos e oportunidades que não teve no Benfica, parece que também nunca foi encarado como solução. Carole, lateral esquerdo, fez meia dúzia de jogos, foi emprestado há duas época ao Sedan, na temporada passada foi utilizado como central na equipa B e este ano rescindiu contrato. Custou 0,5M€ e nem sabemos se era bom.

Por fim, a equipa B para onde já foram contratados jogadores que não fizeram um único minuto. Ernesto Cornejo, ex-Barcelona B foi o exemplo mais evidente. Esteve um ano a treinar e não jogou um minuto que seja. Este ano fomos buscar dois irmãos de jogadores na equipa A, Filip Markovic e Uros Matic, como se o talento para o futebol fosse genético e hereditário...

O resultado desta política de aquisições é para já mais de 100 jogadores com contrato profissional e mesmo assim continuamos a ter plantéis desequilibrados, com falta de opções para algumas posições (no ano passado inventou-se um lateral esquerdo e abusou-se na disponibilidade de Matic) e excesso noutras (tivemos extremos para troca). Com mais de 100 jogadores com contrato profissional, ainda continuamos a pedir alguns jogadores emprestados (Cortez e Silvio). O resultado destes negócios em termos financeiros continua por descobrir. Sabemos que é crítico realizar vendas de muitos milhões todos os anos, mas, aparentemente, podemos esbanjar milhões em contratações e ordenados, que baixos ou elevados são pagos pelo Benfica. Aparentemente, há aqui qualquer coisa que não bate certo, mas posso ser eu que não estou a ter visão de negócio dos dirigentes do Benfica.

Benfica 2013/2014

12.08.13, Lourenço Cordeiro

Não se pode esperar muito de uma equipa (e de uma direcção) que está convencida de que resolveu o problema do defesa-esquerdo com a contratação de "Cortez". Aliás, todas as decisões que o Benfica tem tomado nesta pré-época são semelhantes à escolha para defesa-esquerdo de "Cortez", ainda que usar na mesma frase «defesa» e «"Cortez"» pareça esquisito. À excepção dos dois sérvios-maravilha, os miúdos Markovic Vieira Pinto e Zlatko Djuricic, pese embora o facto de ter sido necessário contratar 5 sérvios para acertar em 2. 

 

Mas pronto, pensemos positivo, vai correr tudo bem.

 

Já agora, que tal reeditar a formação táctica do Benfica campeão de 2009/2010, tendo em conta que Sálvio deverá sair?

 

 

                                           Artur

                                  (A fazer de Quim)

 

 

                     Luisão                                 Garay

          (A fazer de Luisão)            (A fazer de David Luiz)

 

 

         Maxi                                                                    Melgarejo

(A fazer de Maxi)                                                 (A fazer de Coentrão)

 

                                           Matic

                               (A fazer de Javi Garcia)

          

             Enzo                                                    Gaitán

  (A fazer de Ramires)                             (A fazer de Di Maria)

 

 

                                            Djuricic

                                    (A fazer de Aimar)

 

 

                        Markovic

                (A fazer de Saviola)                                  

                                                             Lima

                                                  (A fazer de Cardozo)

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