Estado civil: Benfiquista
A minha primeira vez foi no Estádio Nacional em Oeiras claro. Na época de 88/89 (28/5/1989) o Maior deixou o Belenenses levar a Taça de Portugal.
Foi aí que me apercebi da grandeza deste grande clube sempre pronto a dar a mão a um clube amigo em dificuldades porque o verdadeiro troféu é ser digno de suar aquela camisola.
Posteriormente passei grandes momentos na nossa antiga catedral, lá em cima onde os bilhetes eram mais baratos e mal se viam os jogadores. Safavam os fervorosos crentes que guardavam a telefonia religiosamente junto ao ouvido para nos informar quem tinha marcado, uma espécie de twitter à moda antiga. Isso e os gajos a vender nougats e queijadas, esses eram o Facebook da altura.
Sem dúvida que o velho estádio deixou saudades, mas se Fátima tem uma nova Catedral, Benfica também precisava de uma mais adequada aos novos tempos.
Um dos bilhetes que guardei das primeiras vezes que a visitei foi o do Benfica-Milan. O Super-Maxi desde aí ganhou um lugar no céu quando marcou dos melhores golos de sempre naquele santuário do futebol.
No entanto, o casamento para a vida foi no jogo do título no Bessa. Foi aí que eu e o Benfica decidimos levar a nossa relação ao altar dia 22 de Maio de 2005. Quando dei por mim a descer e a subir as escadas para ir junto à relva desancar o João Pereira que cometia erros sucessivos achei que mais do que sexo havia ali amor. Chegava de encontros casuais, estava na altura de assumir um compromisso que contou com a benção do grande Trapattoni.
Entretanto passámos a viver juntos e até tivemos putos: o Dí, o Coentro, o David Luíz (que não sei a quem saiu com aquele com cabelo), o Pablito e o Rodrigo... Esperamos ter netos, penso que um deles se chamará Nelson Oliveira.
Resumindo, se achavam que vinha escrever num blogue sobre aquele que é um dos maiores instrumentos de alienação de massas de todo o sempre, o futebol, desenganem-se meus caros. Isto não é um blog sobre futebol. É um blog sobre o Benfica.