Ele sabe sempre tudo
Cardozo ficou no banco, entrou e marcou dois golos. O jornalista fez a pergunta óbvia no final do jogo a JJ: "foi uma decisão acertada apostar em Cardozo apenas ao intervalo?". JJ respondeu que "estava tudo planeado", tinha" a certeza que era melhor assim. Rodrigo foi titular devido à estratégia de jogo. (JJ) sabia que se Cardozo jogasse de início, seria diferente", para pior como é evidente. Este é o mesmo JJ que em tempos argumentou que Cardozo era o tipo de jogador que não entrava bem no jogo vindo do banco, pois precisava de tempo para se adaptar ao ritmo de jogo. Ele também sabia isso. Ele sabe sempre tudo.
E quanto às contas do apuramento? Bom, para JJ, "tudo é (ainda) possível" e pelos visto ele até adivinhou o que aconteceu em Glasgow. Segundo JJ, ele "sabia que o jogo mais complicado do Barcelona iria ser em Glasgow. O Celtic é muito forte por cima e, depois do jogo (do Benfica) em Glasgow, (JJ) disse logo que o Barcelona ia levar golos de bola parada. Infelizmente, (JJ) não queria adivinhar, mas adivinhou". O JJ que estava satisfeito quando empatou em Glasgow e que há duas semanas estava tranquilo quanto ao apuramento depois de perder em Moscovo é o mesmo JJ que sabia que existia uma forte possibilidade do Barcelona perder pontos em Glasgow ao contrário do que aconteceu no Estádio da Luz. Como é óbvio, JJ não foi apanhado desprevenido, ele já estava à espera disto tudo. Este mesmo JJ também saberá neste momento como vão acabar as contas do apuramento. Se passarmos, ele revelará depois que já sabia que o Spartak ia vencer em Glasgow e tinha tudo planeado. Se não passar, dirá que não estará surpreendido, pois sabia que estava na Liga dos Campeões, a jogar contra os melhores e a equipa do Benfica este ano, por falta de experiência, ainda não está a esse nível. Ele fez tudo o que podia e não alteraria nada.
É isto que me dá conforto. Ele sabe sempre tudo, tem tudo planeado e controlado. Se as coisas correrem bem, ele já sabia que iam correr bem. Se correrem mal, ele também já previa que iam correr mal. Se nada fez de diferente para o evitar, era porque não era possível melhor.