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Catedral da Luz

Catedral da Luz

«Funes Mori»

19.08.13, Lourenço Cordeiro

Jorge Jesus é um homem orgulhoso e receoso. O problema é que o receio tem razão de ser e o orgulho não. Fortemente criticado no final da época passada (que, na sua cabeça, traduziu-se em fracasso apenas devido ao «azar»), Jesus parece empenhado em confrontar directamente os seus críticos não mudando nada. O seu objectivo é levar o Benfica ao sucesso mas admitindo apenas um caminho: o seu. Quer ganhar, mas quer sobretudo que lhe dêem razão. É este o seu orgulho, e é devido a ele que a sua passagem pelo Benfica irá terminar com uma saída pela porta pequena. Jesus não tem a flexibilidade mental necessária para se manter num clube por muitos anos, à boa maneira inglesa. É um homem convencido de que é na «táctica» e na «estratégia» que reside o segredo de uma equipa de futebol de sucesso, que é um equívoco enorme. Sem a adesão incondicional do balneário não há quatro um três dois que resista, e o balneário do Benfica há muito que deixou de estar com Jesus. Entrentanto, parece que vem aí um «Funes Mori». 

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