Uma overdose de extremos
É nestas alturas que eu começo a ficar um bocado confuso com o que o Benfica anda a fazer. Há dois anos, tínhamos no plantel apenas dois extremos: Salvio e Gaitan. No ano passado, começámos a temporada com 4 alas/extremos: Nolito, Gaitan, Bruno César e Enzo Pérez. A meio da época emprestámos o Enzo e contratámos o Djaló. Neste momento, para a próxima época, temos alas/extremos para a troca: Ola John, Bruno César, Gaitan, Nolito, Djaló, Melgarejo, Urreta, Enzo Pérez e Hugo Vieira. Provavelmente sairá Gaitan. Provavelmente entrará Salvio (dada a insistência com que tal é falado cá e do outro lado da fronteira, pelo menos, o Benfica estará a tentar recuperar o argentino). Não está aqui em causa a qualidade dos jogadores que mencionei. Todos, ou quase todos, serão bons jogadores. No entanto, para que queremos 8/9 extremos com contrato com o Benfica quando apenas jogam, no máximo, dois de cada vez? Qual o critério destas contratações? Vamos emprestar 4/5 deles? O catedrático vai inventar uma táctica capaz de utilizar esta quantidade anormal de extremos? No futebol tudo muda rapidamente. Em dois anos, o Benfica passou da falta de extremos a uma overdose de opções para as alas. Muito jeito teriam dado ao Benfica de há dois anos os extremos que vamos emprestar no próximo ano.