Chalana - Queria Ser Pássaro
24.03.14, Bruno Vieira Amaral
«Torpor de fim de tarde. A angústia de se saber que está na hora de ir para casa quando ainda se quer tentar a última finta, outro golo, naquela rua em que só há um candeeiro e mal dá para ver a bola. “Já são horas, Fernando. Olha que vem aí o feijão-verde.” Ele não ouve. Continua. Já não há mais ninguém. Só ele e a bola, cúmplices, a luz débil do candeeiro, um homem que, antes de entrar em casa, bate com as botas no tapete, assobia, um cão, o cheiro a lodo, o (...)