O meu filho António Maria, 16 anos, tem uma mãe sportinguista e um pai benfiquista. Fez a sua escolha. A certa. Actualmente, estuda na Austrália, perto de Brisbane, na Gold Coast, e quando fez a mala para a longa viagem teve de ser comedido na bagagem, não cabia tudo. Mas é claro que couberam o cachecol, a bandeira e a camisola do Benfica. Às vezes vejo-o online no Skype nos momentos em que o clube joga - e lá, do outro lado do mundo, é de madrugada...
Por tudo isto, lembrei-me de (...)
Entendo o futebol como entendo a música ou o cinema, a literatura ou a culinária: todos temos os nossos gostos, as nossas preferências, e isso não faz de nós piores pessoas. Pelo contrário: faz de nós pessoas - logo, melhores pessoas.
Quem comenta, critica, analisa, estas artes e actividades, não deixa de ter preferências pelo facto de comentar. Lembro-me sempre do meu pai, que muitas vezes me dizia que só valia a pena dizer mal do restaurante que nos desilude por ter (...)
Só há uma certeza sobre qualquer jogo de futebol: o árbitro é sempre odiado. Se fizer mal o seu trabalho, é odiado por isso. Se fizer bem, também. Se for parcial, é muito odiado. Se for imparcial, também.
Dito isto, não consigo perceber o interesse da imobiliária ERA em patrocinar os árbitros, fiscais de linha, até o quarto árbitro, nos jogos da Liga Portuguesa.
É masoquismo? Gosto em deitar dinheiro à rua?
Ou há estudos que provam a eficácia do acto tresloucado de (...)
Venho só marcar presença na abertura desta Catedral. E dizer que, neste blog, sou seguramente o autor que menos percebe de futebol. O que tem mais duvidas. O que assinala faltas inexistentes e foras de jogo que afinal não eram. O que viu menos jogos. O que foi menos vezes à Luz. O que começou a ver futebol depois dos 30, isto é, depois de ser pai de um rapaz que “decidiu” gostar de futebol e que, entre pai benfiquista e mãe sportinguista, seguiu não o cherne, mas o pai. Dito (...)